“Elogio” a um Barbeiro

As vezes não é uma loja, mas quase um “espaço” e também um lugar de delícias.
No estabelecimentos se compra,se vende e às vezes se prepara: aqui nada disso.
Aqui se vê jovens vestidos de branco que se agilizam para jogar uma capa branca,nos ombros dos clientes,para que tudo seja branco,espelhos,bancadas de mármore,aço polido e no ar um vago cheiro de talco e perfume.
Em sua loja, muitas vezes há uma placa com uma palavra aristocrática: “Salão “
Para ele só é permitido “pegar o nariz” dos personagens mais autoritários. Sozinho, enquanto outros mestres usam madeira, couro, ferro, substâncias vegetais, minerais ou animais mortos, somente o barbeiro trabalha com a pele do homem.
Não há homem que sereno e tranquilo não confie no barbeiro, que manuseia um instrumento de morte na sua frente.
Ninguém mais pode ser orgulhoso de ter inspirado música imortal como aquela de Rossini:
“O barbeiro de Sevilha”.